quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Que tipo de preocupação é?

Hoje o Condef (Conselho de Desenvolvimento de Francisco Beltrão) fez uma reunião e debateu a ideia de fazer uma campanha, ou retomá-la, já que no ano passado a Ação Social já realizou, para que a sociedade se conscientize e não dê esmolas.
Sou defensora da não doação de esmolas e sim, do encaminhamento dessas crianças aos órgãos competentes.
Mas o que parece estar movendo esta campanha é o incômodo de pessoas com maiores condições financeiras, não pela marginalização de menores de idade e até adultos que atuam como flanelinhas e acabam forçando motoristas a dar dinheiro nos estacionamentos em vias públicas, mas pelo fato de serem abordados e muitas vezes até terem os carros riscados quando não dão o dinheiro.
Só que esse problema tem o buraco bem mais embaixo. Não se trata de eliminar os flanelinhas das ruas para que não "encham o saco", mas sim, chegar na raiz, observar que se estão nas ruas, a realidade dentro de casa é bem pior muitas vezes.
O problema é de ordem social e humana eu diria, e não apenas porque estas crianças e jovens mancham o cartão postal de uma cidade onde aparentemente tudo funciona muito bem.
Dizem: É o ônus do crescimento. Pode crer, nós ainda pagamos muito pouco diante do que vivem os marginais.
Mas que fique claro: dar esmola é financiar a manutenção da pobreza, não a material apenas, mas a pobreza de cidadania.

Um comentário:

  1. Legal este teu comentário Larissa, vc abordou o ponto central de nosso trabalho na Assistência Social: Temos que promover a cidadania com estes menores e com suas familias, pois eles e suas familias não tiveram acesso aos direitos basicos necessários para a convivência familiar e comnitária, é realmente um problema social e seremos egoistas se pensarmos em apenas os "tirar de circulação". Parabésn, admiro cada vez mais seu trabalho e suas opiniões.
    Abraços
    Wagno da Silva

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